No dia 8 de março de 2016, as turmas A e B do 5º ano e alguns alunos do clube de escrita do Agrupamento de Escolas Latino Coelho, Lamego, deslocaram-se a Coimbra para uma visita de estudo à Biblioteca Joanina, Jardim Botânico, Museu Machado de Castro e Mosteiro de Santa-Clara-a-Nova.
Esta visita veio na sequência do estudo de alguns conteúdos programáticos em diversas disciplinas que constituem o nosso currículo de 5º ano. A preparação da visita de estudo foi realizada ao longo de alguns meses, sempre de acordo com o que estávamos a aprender.
O primeiro local que visitámos foi a Universidade de Coimbra, percorrendo o Paço das Escolas: o Paço Real, a Biblioteca Joanina, Capela de S. Miguel, Porta Férrea, Sala dos Capelos, Prisão Académica e a Torre. O nosso guia surpreendeu-nos com histórias sobre cada um dos espaços, sobre D. Dinis, D. João III, D, João V e outros monarcas que tanto se envolveram na criação e preservação deste espaço de ensino e de cultura. Claro que a Biblioteca Joanina com a sua imponência, os seus livros antiquíssimos e o facto de morcegos os defenderem da humidade e de insetos que os podem prejudicar, foi mesmo o momento mais fabuloso!
De seguida, dirigimo-nos ao Jardim Botânico, criado pelo Marquês de Pombal num tempo em que predominava o ensino livresco. Foi um homem de visão ao querer ligar o conteúdo dos livros de ciência com a realidade. Apareceram árvores e espécies vegetais que nunca imaginávamos que existissem, salientando-se a Árvore Estranguladora e o Eucalipto-Limão. Só conseguimos saber muitos aspetos importantes devido às explicações dos nossos guias, claro. Mas muito mais haveria a explorar.
Aproveitámos para almoçar ao ar livre com aquilo que levávamos e ao mesmo tempo saboreámos o cheiro e o chilreio dos passarinhos! Estava um dia magnífico! Nem podíamos demorar muito pois de imediato teríamos de nos dirigir para o Museu Machado de Castro bem próximo do local das faculdades de Direito e de Medicina. E assim foi, tudo como estava previsto.
Fomos guiados por dois guias pelo Criptopórtico do Museu, parte subterrânea, a que nos interessava ver e tentar saber mais aspetos que levaram os romanos a fazer tais construções que estiveram durante muitos séculos sem serem conhecidas. Foi interessante verificar o quanto difícil deve ter sido para quem trabalhou
naquele edifício para poderem preservar os cereais e já com condições de conservação muito avançadas. Também nos foi contado como nasceu a cidade e os responsáveis pela sua construção.
Após esta visita, fomos, então, até ao Mosteiro de Santa-Clara-a-Nova para sabermos algo mais sobre a Rainha Santa Isabel. Ficámos maravilhados com o que nos foi relatado sobre a sua vida de solidariedade e de alguém muito crente em Deus. Nós já conhecíamos a lenda do Milagre das Rosas, mas ficámos a saber muito mais e vimos o túmulo, fechado, desta rainha santa. Foi uma hora de autêntica cultura histórica com muitas raízes que explicam a formação do nosso reino e como se foi construindo com o trabalho e a inteligência de reis e do povo.
No regresso, festejámos o aniversário de um dos nossos colegas e até comemos uma fatia de bolo de aniversário. Tudo correu como o previsto e sempre com muito interesse da nossa parte. Alguns encarregados de educação também participaram nesta viagem de estudo e também eles se mostraram muito envolvidos neste percurso de cultura e de sabedoria. é bom sentirmos que os pais também estão interessados em conhecer e também em aprender.
Alunos das turmas A e B do 5º ano e Clube de Escrita Criativa
Agrupamento de Escolas Latino Coelho, Lamego
quinta-feira, 17 de março de 2016
quarta-feira, 16 de março de 2016
Um livro que voou!
Há muito tempo, havia numa livraria um livro que ninguém comprava.
- Como eu gostava de poder voar! - suspirava ele umas cem vezes por dia.
Um dia, quando fecharam a livraria, o livro ouviu um choro. Abriu a porta e viu uma andorinha.
Quando o livro lhe perguntou por que razão estava a chorar, ela respondeu:
- A minha amiga águia desapareceu quando brincá
vamos às escondidas. Queria tanto revê-la!
- Então leva-me a voar que eu tenho olhos de coruja - pediu o livro.
A andorinha levou o livro às costas. Entretanto, no deserto do Saara, o sol brilhava e queimava as penas da águia que só se perguntava, dizendo para si em verso:
Ao chegar ao estreito de Gibraltar, a andorinha não conseguiu continuar. O livro, que era uma enciclopédia animal, lembrou-se da parte dos golfinhos e abriu-se para a andorinha ler.
- Como eu gostava de poder voar! - suspirava ele umas cem vezes por dia.
Um dia, quando fecharam a livraria, o livro ouviu um choro. Abriu a porta e viu uma andorinha.
Quando o livro lhe perguntou por que razão estava a chorar, ela respondeu:
- A minha amiga águia desapareceu quando brincá
vamos às escondidas. Queria tanto revê-la!
- Então leva-me a voar que eu tenho olhos de coruja - pediu o livro.
A andorinha levou o livro às costas. Entretanto, no deserto do Saara, o sol brilhava e queimava as penas da águia que só se perguntava, dizendo para si em verso:
O que será dela?
Estará triste,
Estará triste,
ou verá uma estrela?
Ao chegar ao estreito de Gibraltar, a andorinha não conseguiu continuar. O livro, que era uma enciclopédia animal, lembrou-se da parte dos golfinhos e abriu-se para a andorinha ler.
Assim, chamaram um golfinho que saltitava como um canguru aquático. Ao chegarem ao Saara, viram uma montanha de areia do tamanho de dez dunas pequenas.
- Ai, meu Deus! - exclamavam em coro.
A andorinha ainda não conseguia voar. Então, a águia ouviu-os e foi buscá-los.
Ficaram por ali e continuaram a brincar. Só não há nesta história um pormenor: é se mais alguém desaparecera...
Marta Colim - 5º A
Agrupamento de Escolas Latino Coelho, Lamego
Ficaram por ali e continuaram a brincar. Só não há nesta história um pormenor: é se mais alguém desaparecera...
Marta Colim - 5º A
Agrupamento de Escolas Latino Coelho, Lamego
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