terça-feira, 12 de abril de 2022

A Carteira Milionária

 

 Era uma vez uma cidade chamada “Arandel”. Havia muitas casas das mais diversas cores. Todos os dias, a cidade trabalhava bastante! Até dava gosto ver as pessoas com tanta energia. “Arandel” tinha campos muito verdes, com muitas flores. Na primavera, as andorinhas faziam os seus ninhos com palha e ramos velhos no cimo das árvores.

Pedro era um jovem. Era alto e magro e tinha cabelos loiros e olhos esverdeados como esmeraldas e rubis. A casa onde o Pedro vivia era bastante bonita. Era pintada em tons de azul como o mar e tinha um grande terraço. Nesse terraço, havia muitas flores de todos os tamanhos, cores e feitios. Havia muitas árvores de fruto, entre elas macieiras, laranjeiras, cerejeiras e pereiras. Ainda tinham um pequeno espaço reservado no jardim para algumas capoeiras com galinhas e coelhos.

Pedro adorava andar ao ar livre e ajudar a sua mãe Bárbara em algumas tarefas domésticas. Certo sábado de manhã, o Pedro decidiu ir dar uma volta a pé ao jardim da Câmara Municipal. Qual não foi o seu espanto quando encontrou uma carteira, num passeio, perdida.

“Será que a abro? Ou não? Serei mal-educado se fizer isso. Ainda pensam que sou o ladrão!” - pensou o Pedro.

Mas ele não ligou aos seus pensamentos. Abriu a carteira. Viu cem milhões de euros e teve logo o pressentimento que aquela carteira pertencia a alguém muito rico.

Foi à esquadra da polícia e disseram-lhe que aquela carteira, na verdade, pertencia ao seu vizinho, o Senhor António. Então, Pedro foi ter com o seu vizinho e perguntou:

- É dono desta carteira cheia de “massa”?

- Oh meu rico filho! Esta carteira é minha. Embora eu tenha jogado no Euromilhões e tenha sido eu a ganhar, vou agradecer-te, dando-te assim metade desta grande riqueza.

Quando o Pedro chegou a casa, contou a sua aventura extraordinária à sua mãe Bárbara. Ele decidiu guardar os cinquenta milhões de euros para mais tarde se lembrar desta aventura!

 

Letícia Silva

Matilde Carvalho

Tiago Rodrigues

Clube de escrita criativa

 

 

Outro lugar …

 Depois do relâmpago atravessar o céu, cai no mar e provoca uma correnteza que faz com que o Barco Pudim estivesse sempre a abanar fortemente. A tripulação repartiu-se em duas partes: o capitão e os marinheiros foram para a parte mais segura, mas continuaram a balançar e os aliados andaram às cambalhotas e aos trambolhões. Quando acabou a tempestade só se viam aliados e marinheiros no mar. O capitão sabia que aquelas pessoas lhe faziam falta, mas não as quis ajudar e foi à procura de novos marinheiros. Enquanto procurava, viu Manuel e os seus amigos. Então decidiu levá-los consigo na sua viagem. Passado algum tempo, o sol começou a aparecer e as nuvens a desaparecerem, mas o vento permaneceu. Eles só tinham um problema: os seus mantimentos estavam a acabar, por isso o capitão decidiu:

-          - Tripulação, ordeno-vos que deem origem a um novo desembarque.

-          - Mas, capitão, estamos no meio do oceano! Não existe nada além de peixes - afirmou um marinheiro.

-          - E o que é que eu tenho a ver com isso? Arranjem uma forma e pronto.

O capitão olhou para Manuel que parecia saber bem onde estava! E disse:

-          - Ó, tu, aí!

Manuel encolheu-se todo e perguntou se era ele.

-         - Sim, tu! Por acaso sabes onde estamos ou tens alguma ideia para nos ajudar?

-          - Bom, eu não sei onde estamos, mas eu consigo ver bem ao longe uma coisa que parece uma ilha.

-          - É verdade. Muito bem visto!

O capitão dá um soco nas costas do rapaz e pede para a tripulação se dirigir ao tal sítio secreto. Eles acabam por descobrir uma cidade secreta.

-         -  Marinheiros, hoje conseguimos uma nova descoberta! Mas ela não se conseguiu sozinha. Foi o nosso novo marinheiro, o Manuel. Como foi ele que encontrou esta cidade é ele que lhe vai dar o nome - disse o capitão.

-         -  Eu dou-lhe o nome de Pudim Caramelizado.

-         - 
Então digam “olá” à nossa cidade Pudim Caramelizado.

A cidade era coberta de árvores de vários tipos: palmeiras, oliveiras, carvalhos, bananeiras, laranjeiras, macieiras, cerejeiras e muitos catos. Além disso, ela era uma cidade com vários animais, isolada e nem parecia ser habitada. Enquanto andaram a passear, eles encontraram uma casa muito pobre, simples, mas que deitava fumo pela chaminé. Eles decidiram arriscar e entraram. Quando entraram, viram um homem e uma mulher muito esquisitos. Eram muito baixos, tinham ambos cabelos brancos, usavam roupas feitas de plantas e a pele era cor-de-rosa. Aquilo era muito esquisito e tentaram falar com eles, mas parecia que eles não entendiam a mesma língua. Experimentaram várias línguas até que eles começaram a falar Português, mas acrescentavam sempre um «s» no fim de cada palavra.

Enquanto eles conversavam, chegaram à conclusão que podiam transformar aquela cidade na maior cidade do mundo. E assim foi. Cada dia que passava ele e a sua tripulação criavam mais coisas até conseguirem construir tudo o que era necessário para se viver com dignidade.

Tudo estava a ir bem até chegar uma nova tripulação àquela cidade. Perguntaram se podiam ficar com aquilo tudo, mas o capitão disse que não. Revoltaram-se e tentaram acabar com a cidade.

Começaram a preparar-se, mas nem foi preciso porque a corrente marinha atacou o navio e eles afundaram. No final de tudo, chamaram todas as pessoas para irem para lá viver. Assim foi.

 

David Fonseca, Francisca Oliveira, Inês Lourenço

Clube de Escrita Criativa

Tudo acaba bem!

 

Era uma vez um palácio real situado à beira-mar. Lá, viviam a família real, também conhecidos como os ´´ricos``. Claro que todos os reis e rainhas são ricos e têm muitos poderes, mas naquela família era demais!

Perto do palácio viviam Manuel com a sua mãe, tinham como vizinhos a Ana que também vivia com a sua mãe. Muitas das vezes Ana ia brincar para casa de Manuel. Naquela altura, não havia muitos brinquedos e também não havia televisão nem rádio. Então, limitavam-se às poucas coisas que havia, como por exemplo, as bonecas em lã que a mãe da Ana fazia. Manuel brincava com carros que ele fazia em madeira e quando não lhes apetecia brincar com nada, punham-se a coscuvilhar as coisas que havia por casa e pelo terraço.

Certo dia, quando o pai de Manuel partiu, a mãe dele começou a ficar muito preocupada, pois este chorava todas as noites pelo pai. O pai começou a deixar de escrever e de enviar notícias, por isso a mãe também começou a ter estes comportamentos.

-Ana! Ana! Anda cá, por favor!- pediu Manuel.

Ana chegou.

-Eu estou a pensar em partir amanhã para o Brasil, onde está o meu pai - fez saber o Manuel.

-É Um pouco arriscado. Mas talvez o voltes a encontrar. É verdade, já não escreve há muito. Sabes uma coisa? Eu vou contigo!

O dia amanheceu bonito e cedo. Manuel já tinha uma pequena mala com alguma comida e roupa. Ana já estava no Porto, à espera de Manuel. Ambos se sentiam como clandestinos.

Eles esconderam-se num baú muito grande, onde cabiam perfeitamente os dois e o barco começou a movimentar-se.

Manuel disse para Ana:

-Ana, vou buscar alguma coisa, para lancharmos - sussurrou Manuel.

-Ok, mas tenta ser discreto, por favor.

-Ok, Ana, eu vou tentar.

Manuel, ao voltar à arca, reparou numa sombra de um homem, e logo teve um pressentimento: poderia ser o seu pai. Tentou assim ver mais de perto, mas a névoa desfocava a sua visão. O Manuel foi chamar Ana, e juntos nadaram no mar gelado e frio. A sorte foi terem encontrado restos de um barco naufragado há poucos dias. Chegado assim à ilha desconhecida procuraram pelo homem (supostamente o seu pai).

De noite, Ana e Manuel foram explorar o barco e descobriram muitos navegadores a dormirem no convés do navio, no chão frio e alguns com escorbuto e entre estes doentes estava o pai de Manuel.

-Pai… - sussurrou Manuel.

- Manuel! Há quanto tempo! Estou doente e quero ir embora! Tenho um plano. No barco de plástico que está na despensa vamos pôr lá comida e mantimentos. Vamos remar até à costa, que nem é muito longe, e voltar para casa.

O plano correu muito bem! Rapidamente já estavam na rua dos pescadores a caminho de casa. A sorte foi o capitão não ter acordado. Ele dormia como uma pedra.

A mãe, ao vê-lo, corre e rapidamente a família estava reunida e feliz.

 

Matilde Tavares, Letícia Silva, David Alves, Tiago Correia

Clube de Escrita Criativa

Um pesadelo, mas ...noutra época!

 

Certo dia, Manuel acordou num navio e percebeu que era português por causa das bandeiras, mas não sabia em que ano estava. De repente, um homem tocou-lhe no ombro, este que parecia ser o descobridor do Brasil, Pedro Álvares Cabral, que lhe disse:

- Meu filho, já estás acordado? – perguntou, surpreendido!

- Ah! Sim, papá, sim. - respondeu-lhe, confuso.

Manuel olhou em seu redor. O local em que estava era agitado como as ondas do mar a bater na proa, barulho de pipas de rum a baterem umas nas outras, cheiro repugnante do peixe e dos marinheiros. Apercebeu-se que estava numa nau! De súbito ouviu:

- Terra á vista! Terra á vista, preparar âncora! - gritou Pedro com o seu chapéu e capa com detalhes de ouro e muito confiante.

Um tempo depois, Pedro, juntamente com os seus companheiros desceram à descoberta pela suposta ilha, verdejante, deserta e selvagem mas, o mais importante, bela!

- Meu filho, fica aqui, pois a ilha pode ser muito perigosa e controla o barco para não acontecer nada - disse Pedro para o seu suposto filho.

- Sim, papá, claro! Este navio não sai daqui! - exclamou Manuel.

 Manuel estava aterrorizado. Ele só queria sair daquele pesadelo. A única coisa que ele queria de verdade era estar na sua cama ao lado da sua mãe, aconchegado e feliz. Decidiu então que iria fugir, mas ao longe viu um navio que mais tarde se apercebeu que era pirata.

Os piratas estavam prontos para os atacar. Repentinamente, Manuel avistou ao longe um dos piratas a usar um lenço igual o qu
e encontrara em sua casa.

O descobridor, juntamente com os seus acompanhantes, foram para a guerra.

Manuel queria descobrir os segredos dos piratas. Por isso, decidiu entrar no navio pirata. Ele encontrou um menino da sua idade, loiro, magro, Moreno e de olhos azuis, com o lenço vermelho na cabeça. Manuel pensara que ele era gentil pois havia dado o seu lenço a Manuel. Tiveram uma longa conversa:

- Queres ir conhecer o navio do meu pai? - perguntou Simba, o menino pirata.

- Sim, claro, mas temos de ir com cautela - alertou Manuel.

- O que é cau... te... la? - interrogou o menino africano.

- Com cuidado, ok?

            Simba apresentou a Popa, o Boreste, a Proa e finalizou com o Bombordo. Apresentou-lhe também a prancha dos tubarões onde Manuel foi empurrado para o mar.

Nesse momento ele acordou em sua casa juntamente com a sua mãe. Ele acabou por acalmar-se e ficou tudo bem.

Filipa Lopes, Íris Miguel Guedes, Luana Trindade - clube de escrita criativa