terça-feira, 12 de abril de 2022

Tudo acaba bem!

 

Era uma vez um palácio real situado à beira-mar. Lá, viviam a família real, também conhecidos como os ´´ricos``. Claro que todos os reis e rainhas são ricos e têm muitos poderes, mas naquela família era demais!

Perto do palácio viviam Manuel com a sua mãe, tinham como vizinhos a Ana que também vivia com a sua mãe. Muitas das vezes Ana ia brincar para casa de Manuel. Naquela altura, não havia muitos brinquedos e também não havia televisão nem rádio. Então, limitavam-se às poucas coisas que havia, como por exemplo, as bonecas em lã que a mãe da Ana fazia. Manuel brincava com carros que ele fazia em madeira e quando não lhes apetecia brincar com nada, punham-se a coscuvilhar as coisas que havia por casa e pelo terraço.

Certo dia, quando o pai de Manuel partiu, a mãe dele começou a ficar muito preocupada, pois este chorava todas as noites pelo pai. O pai começou a deixar de escrever e de enviar notícias, por isso a mãe também começou a ter estes comportamentos.

-Ana! Ana! Anda cá, por favor!- pediu Manuel.

Ana chegou.

-Eu estou a pensar em partir amanhã para o Brasil, onde está o meu pai - fez saber o Manuel.

-É Um pouco arriscado. Mas talvez o voltes a encontrar. É verdade, já não escreve há muito. Sabes uma coisa? Eu vou contigo!

O dia amanheceu bonito e cedo. Manuel já tinha uma pequena mala com alguma comida e roupa. Ana já estava no Porto, à espera de Manuel. Ambos se sentiam como clandestinos.

Eles esconderam-se num baú muito grande, onde cabiam perfeitamente os dois e o barco começou a movimentar-se.

Manuel disse para Ana:

-Ana, vou buscar alguma coisa, para lancharmos - sussurrou Manuel.

-Ok, mas tenta ser discreto, por favor.

-Ok, Ana, eu vou tentar.

Manuel, ao voltar à arca, reparou numa sombra de um homem, e logo teve um pressentimento: poderia ser o seu pai. Tentou assim ver mais de perto, mas a névoa desfocava a sua visão. O Manuel foi chamar Ana, e juntos nadaram no mar gelado e frio. A sorte foi terem encontrado restos de um barco naufragado há poucos dias. Chegado assim à ilha desconhecida procuraram pelo homem (supostamente o seu pai).

De noite, Ana e Manuel foram explorar o barco e descobriram muitos navegadores a dormirem no convés do navio, no chão frio e alguns com escorbuto e entre estes doentes estava o pai de Manuel.

-Pai… - sussurrou Manuel.

- Manuel! Há quanto tempo! Estou doente e quero ir embora! Tenho um plano. No barco de plástico que está na despensa vamos pôr lá comida e mantimentos. Vamos remar até à costa, que nem é muito longe, e voltar para casa.

O plano correu muito bem! Rapidamente já estavam na rua dos pescadores a caminho de casa. A sorte foi o capitão não ter acordado. Ele dormia como uma pedra.

A mãe, ao vê-lo, corre e rapidamente a família estava reunida e feliz.

 

Matilde Tavares, Letícia Silva, David Alves, Tiago Correia

Clube de Escrita Criativa

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