Era uma vez um palácio real situado à beira-mar. Lá, viviam a família real, também conhecidos como os ´´ricos``. Claro que todos os reis e rainhas são ricos e têm muitos poderes, mas naquela família era demais!
Perto do palácio viviam Manuel com a sua mãe, tinham como vizinhos a Ana que também vivia com a sua mãe. Muitas das vezes Ana ia brincar para casa de Manuel. Naquela altura, não havia muitos brinquedos e também não havia televisão nem rádio. Então, limitavam-se às poucas coisas que havia, como por exemplo, as bonecas em lã que a mãe da Ana fazia. Manuel brincava com carros que ele fazia em madeira e quando não lhes apetecia brincar com nada, punham-se a coscuvilhar as coisas que havia por casa e pelo terraço.
Certo dia, quando o pai de Manuel partiu, a mãe dele começou a ficar muito preocupada, pois este chorava todas as noites pelo pai. O pai começou a deixar de escrever e de enviar notícias, por isso a mãe também começou a ter estes comportamentos.
-Ana! Ana! Anda cá, por favor!- pediu Manuel.
Ana chegou.
-Eu estou a pensar em partir amanhã para o Brasil, onde está o meu pai - fez saber o Manuel.
-É Um pouco arriscado. Mas talvez o voltes a encontrar. É verdade, já não escreve há muito. Sabes uma coisa? Eu vou contigo!
O dia amanheceu bonito e cedo. Manuel já tinha uma pequena mala com alguma comida e roupa. Ana já estava no Porto, à espera de Manuel. Ambos se sentiam como clandestinos.
Eles esconderam-se num baú muito grande, onde cabiam perfeitamente os dois e o barco começou a movimentar-se.
Manuel disse para Ana:
-Ana, vou buscar alguma coisa, para lancharmos - sussurrou Manuel.
-Ok, mas tenta ser discreto, por favor.
-Ok, Ana, eu vou tentar.
Manuel, ao voltar à arca, reparou numa sombra de um homem, e logo teve um pressentimento: poderia ser o seu pai. Tentou assim ver mais de perto, mas a névoa desfocava a sua visão. O Manuel foi chamar Ana, e juntos nadaram no mar gelado e frio. A sorte foi terem encontrado restos de um barco naufragado há poucos dias. Chegado assim à ilha desconhecida procuraram pelo homem (supostamente o seu pai).
De noite, Ana e Manuel foram explorar o barco e descobriram muitos navegadores a dormirem no convés do navio, no chão frio e alguns com escorbuto e entre estes doentes estava o pai de Manuel.
-Pai… - sussurrou Manuel.
- Manuel! Há quanto tempo! Estou doente e quero ir embora! Tenho um plano. No barco de plástico que está na despensa vamos pôr lá comida e mantimentos. Vamos remar até à costa, que nem é muito longe, e voltar para casa.
O plano correu muito bem! Rapidamente já estavam na rua dos pescadores a caminho de casa. A sorte foi o capitão não ter acordado. Ele dormia como uma pedra.
A mãe, ao vê-lo, corre e rapidamente a família estava reunida e feliz.
Matilde
Tavares, Letícia
Silva, David
Alves, Tiago
Correia
Clube de Escrita Criativa
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