terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

A samarra da professora

Há uns dias, numa bela manhã de chuva de inverno, a minha professora de português, trazia para a escola a sua bela samarra castanha, com pelo de ovelha. Pudera, é bem quentinha e fofinha. Vou dizer-vos a verdade, se eu vestisse aquela samarra sentir-me-ia como um bolo no forno. Sei que é uma comparação parva, mas na verdade aquela samarra é mesmo quente. Nunca a experimentei, mas tenho a certeza que não passava frio dentro dela.
Como estava a dizer, nesse dia, a professora tinha trazido a sua samarra e de um momento para o outro ouvimos uma conversa. A nossa turma, finalmente calou-se e ouvimos vozes que vinham da samarra da professora e de uma pequena traça que pousara aí:
- Para que serves tu? – perguntou a traça.
- Eu sirvo para aquecer pessoas, e tu? – inquiriu a samarra.
- Eu não sirvo para nada, apenas para encontrar lugares onde me aquecer!- informou a traça.
- Mas lá por isso podes aquecer-te no meu pelo. Claro, se a minha dona não te puser fora! Mas da forma como conheço esta senhora, de certeza que não te iria fazer mal, podes ficar descansado.
-Fala-me da tua vida- pediu a traça.
- Não faço nada, apenas ando de mão em mão, para que as pessoas se aqueçam. E tu? Que fazes da tua vida?- retorquiu a samarra.
-Não faço nada, apenas voo, sobrevoo, traço aqui, corro para ali… Agora vou dar um passeio!
-Ok. Eu fico, pois eu não voo- lamentou-se a samarra.
- Pelo menos tenho essa vantagem. Posso correr mundo e… quando me aborrecerem… traço-os. Ih, ih, ih…
Rita - 6º 5

Amizade primaveril

O senhor José já sentia algumas saudades da sua amiga joaninha, pois esta já não aparecia há muito tempo. O inverno tinha sido rigoroso e a primavera estava a chegar, mas nada a queria anunciar. Continuava muito frio e a neve ainda espreitava nos cumes dos montes.
Numa manhã de primavera, ainda fria, ei-la! Apareceu ainda com as suas asinhas frágeis e trémulas que a transportavam de florinha em florinha, lentamente. Estava o senhor José a tratar da sua horta, aí viu a joaninha e tentou observá-la, a medo.
“Por que é que ela não veio antes? O que a terá impedido de chegar mais cedo?” – pensou ele com os seus botões.
Como lhe pareceu que seria uma questão mais científica, e era alguém que gostava de aprender com os livros, decidiu consultar algumas enciclopédias e até a Internet. Foi difícil, mas acabou por descobrir que no inverno a joaninha fica a dormir num cogumelo, bem escondidinha e abrigada debaixo do chapéu que possuem. É ali que passa o rigoroso inverno, porque os seus amigos cogumelos têm todo o prazer em a proteger para que aquela belezinha não sofra com o frio, a neve e as tempestades. Quase que hiberna, quase que deixa de ligar ao mundo que a rodeia, para depois renascer quando a primavera chega com os seus dias mais quentinhos e suaves.
Logo no dia seguinte à sua chegada, o senhor José tomou o seu pequeno-almoço e aproveitou para ir à caça, mas a joaninha decidiu acompanhá-lo, sem que ele desse conta. A joaninha gostava muito do senhor José!
A meio da caminhada, viu uma águia que estava ferida, numa árvore. Ainda receou que ela o atacasse, mas como ao aproximar-se, a medo, ela não reagiu, então teve a certeza de que a águia estava mesmo doente. Levou-a para casa para cuidar dela. Claro que a joaninha acompanhou todo este processo e até apareceu nas mãos do senhor José, quando este a estava a tratar, numa tarde quentinha e convidativa a passear pelo seu jardim de gladíolos. Foi aí que ele ficou a saber que a joaninha gostou daquilo que ele estava a fazer à águia e daí as carícias pelas suas mãos.
Durante uma noite, a joaninha falou com a águia sobre tantas coisas que nunca mais puderam viver uma sem a outra. Ficaram amigas verdadeiras e descobriram muito sobre os mistérios da natureza. Viveram muitos anos na companhia de outros seres e contaram sempre com a ajuda do senhor José.
Pedro – 6º 5 e Rafaela 6º 3

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Um livro, um encontro, uma lição...

Queridos alunos,
Estou aqui apenas para vos recomendar um livro que foi editado há cerca de um mês e que é uma delícia. Tem o título de "Magalhães nos olhos de um menino" de Alexandre Parafita e Simone Fátima Gonçalves. Foi escrito pr estes dois vultos da literatura infanto-juvenil, com a ajuda da Internet, pois Parafita é português e Simone é brasileira. Tudo anda à volta de um diálogo entre avô e neto, a propósito da viagem de circum-navegação de Fernão de Magalhães, um navegador que já estudaram ou virão a estudar na disciplina de história.
Não vou desvendar mais nada... A editora é a Plátano. Fui ver os vossos colegas do CEL que tiveram a honra de ser contemplados com o lançamento desta obra e tenho de vos dizer que foi um êxito. Prporcionaram-nos momentos cheios de cultura, história, literatura e até poemas escreveram sobre o enredo do livro. São mesmo alunos dedicados!
Não se esqueçam de o ler...
Isilda Lourenço Afonso