segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

A Amizade Supera Tudo

Era uma vez uma menina chamada Josefa, que vivia numa casa escondida numa árvore. A Josefa era muito pobre, economicamente, mas de espírito era mesmo muito rica. Só que não tinha amigos.
Um dia, decidiu que queria visitar um país diferente e imaginar outras vidas, outros mundos. Para começar foi inventando nomes para o seu país. Depois de muito pensar, decidiu colocar o nome de “Amigácia” e aos seus habitantes chamar os “amigos”. Desta forma, a Josefa ia ter amigos…
Depois de ter encontrado o nome do país, era necessário visitá-lo e conhecê-lo. Imaginá-lo tinha sido fácil. Bastava fechar os olhos durante um instante. O pior seria mesmo visitá-lo e conhecê-lo.
Ora, como acabei de dizer, primeiro a Josefa imaginou-o. Era lindo! Tinha flores cor-de-rosa, roxas e azuis. As cor-de-rosa faziam um grande círculo; as roxas, uma linha compacta à volta das flores cor-de-rosa e as azuis, uma linda coroa, bastante larga, em torno das primeiras. Como já o tinha imaginado, agora só faltava conhecê-lo. Quando abriu os olhos, estava num novo país: “Amigácia”.
A primeira coisa que viu à sua frente foi um ecrã que dizia: “Bem-vinda ao nosso mundo. Tudo o que desejares, nós daremos, mas só podes formular dez desejos”. E a Josefa aproveitou imediatamente a proposta.
- Eu desejo ter muito amigos verdadeiros.
E rapidamente lhe apareceu no ecrã:
- “Tu desejas que os teus amigos sejam pessoas ou animais?”
- Desde que sejam meus amigos, aceito tudo – respondeu ela prontamente.
Então, num abrir e fechar de olhos, apareceram à sua frente muitos meninos, meninas, plantas e animais. Todos perguntavam:
- Queres ser nossa amiga?
- Sim, sim, quero – regozijava-se ela com tanta confusão de seres.
Apareceu, de repente, um cão que lhe disse:
- Já formulaste um desejo, mas ainda faltam nove. Antes de os dizeres, levas um destes amigos contigo.
- Tanto faz. Levo um qualquer.
Apareceram-lhe logo duas meninas: uma muito alta e exuberante no aspecto, e outra muito pequenina, mas com ar de alguém muito doce. A Josefa escolheu logo a mais pequena e disse-lhe:
- Bem-vinda ao grupo. Como te chamas?
- Eu sou a Sara.
-Eu sou a Josefa. Vamos conhecer-nos melhor e para começar, vamos dar uma volta por aí. Gostava que tu me desses a conhecer melhor esse país maravilhoso que está a preocupar-se tanto comigo. De certeza que tem muitos tesouros escondidos, daqueles que ando à procura, há muito tempo.
E lá foram as duas. Tinham já passado algumas horas, quando decidiram entrar numa casa abandonada. Estavam as duas muito atentas nas suas observações e descobriram ladrões que por ali andavam à procura de algo para furtar. A Josefa decidiu imediatamente pedir ajuda.
- Quero seguranças.
Apareceram de imediato. Esses seguranças prenderam os ladrões e as duas amigas puderam continuar nas suas deambulações.
Tinha já passado algum tempo e sentiam alguma fome e necessitavam, também, de abrigo e mais pessoas que as acompanhassem, pois sozinhas e sem uma família não dá gosto viver. A Josefa pediu comida, uma casa, roupas, brinquedos e uma família. Só restava pedir três desejos. Foi ao passar numa casa onde viu muitos pobres que decidiu pedir comida e roupas para todos os que estavam a necessitar. Tudo apareceu num instante.
Faltava, ainda, um desejo. Queria simplesmente voltar a casa com todas aquelas coisas que tinha conseguido. E foi mesmo isso que aconteceu. Mas quando estava quase a aparecer na sua casa da árvore, viu que a sua amiga Sara não estava com ela. Ficou aflita e muito preocupada com o que estava a acontecer. Tinha ficado em “Amigácia”.
Ela começou a chorar tanto e de forma tão sentida que numa brisa leve e rápida do senhor Vento, apareceu e apresentou-se junto dela a sua pequena Sara. A Josefa estava agora radiante e com a sua amiga começaram um nova vida naquele sítio. Tudo mudou, porque as amizades apareceram, fruto do entendimento, diálogo e ajuda que ambas começaram a proporcionar a todos os que ali viviam.
Apareceu, uns anos mais tarde, a aldeia dos “Amigos que vieram de longe”, precisamente junto à árvore da Josefa. Agora, essa árvore é um local respeitado e visitado por todos os que a visitam e querem conhecer a história que permitiu o nascimento de uma comunidade onde todos são verdadeiros amigos.


Laura – 5º1

Um País à beira do Riso

No dia um de Janeiro deste ano foi a comemoração do meu aniversário. O meu pai levou-me a visitar um país. Fiquei muito feliz. Mas esse país era muito estranho e diferente dos outros. Tinha muitas deficiências.
Vi por lá muitas coisas de espantar! Cães a cantar de galo, gatos que sabiam falar, galinhas a tocar viola, caranguejos que vestiam calções, vacas que produziam chocolate com amêndoas e pinhões, em vez de leite.
A minha mãe desmaiou ao ver tudo aquilo e, quando acordou, só dizia:
- Olhem só aquelas casas com telhados de torrões de açúcar…
Depois, fomos por uma rua que apareceu à nossa frente. Nessa rua, vimos calças à venda com remendos de pêlo de coelho, que apetecia tocar para sentir as cócegas na pele.
Noutra rua, havia leões que eram medrosos e minhocas que dançavam ballet. De seguida, fomos dar a um campo muito, mas muito sossegado. Estávamos todos nas nossas brincadeiras e, de repente, começaram a aparecer árvores. Nessas árvores crescia massa e também macarrão. Então, fomos para junto de uma auto-estrada. Os carros tinham rodas que nunca poisavam no chão, levitavam.
Ficámos muito tempo a olhar para aquilo. Quando vínhamos de regresso ao veículo, vimos muitas centopeias. As centopeias iam com meias, deslocavam-se devagarinho, para não se enganarem no caminho. Queríamos passar, mas não podíamos, porque elas ocupavam todo o caminho. Diziam elas:
- Faça chuva, faça vento, tudo isto anda como um regimento.
Ao vê-las passar, digo adeus e desejo-lhes boa viagem.
Estávamos junto ao carro e vimos um homem velho, enrugado, curvado, maduro, cauteloso e sábio. Pedi logo ao meu pai ara o levarmos connosco. O meu pai concordou e lá iniciámos a viagem. O homem ficou muito agradecido…
Naquele país, tudo era esquisito e só havia aquele homem bom. As outras pessoas calçavam sapatos nas mãos e nunca estavam cansadas.
Digo-lhes um segredo: quando queremos e imaginavmos que somos seres muito especiais, nada há de melhor que … voar!

Pedro Freitas – 6º 1