quinta-feira, 23 de abril de 2015

Douro, rio de ouro

Alguns alunos da E. B. 2, 3 de Lamego, do Agrupamento de Escolas Latino Coelho, Lamego, paraticiparam com poemas num concurso, promovido pela Rede de Bibliotecas de Lamego, desafiando os alunos de todos os níveis de ensino, do concelho de Lamego, para criarem poemas alusivos ao "Douro". O concurso, com o lema "Agora o Poeta és tu", já tem vindo a ser desenvolvido ao longo de vários anos e com muita adesão por parte de alunos e de escolas.
Este ano, um aluno da E. B. 2, 3 de Lamego, do 6º B, obteve o 1º prémio para alunos do 2º ciclo. Estamos todos orgulhosos! O João Nuno Santos, mais uma vez, presenteou-nos com um belíssimo e sábio poema de quem na realidade aprecia o Douro e a envolvência que ele proporciona àqueles que aqui vivem e a quem nos visita. Muitos outros colegas da escola participaram e com trabalhos que revelaram criatividade e com muita qualidade poética. Mas o júri decidiu e... todos nós concordamos com a decisão. É realmente um texto que vale a pena ler e saborear!
Parabéns, João Nuno! Parabéns a todos os outros alunos que participaram. Não desistam de escrever e de ler! O vosso esforço será sempre compensado.
Parabéns, também, para toda a equipa da Rede de Bibliotecas de Lamego por esta iniciativa.



            Douro, palavras de saudade.
            Histórias de marinheiros que não voltaram
            Pelas águas antigas da verdade
            das lágrimas de amor e de ansiedade.

            Pois, porque o amor também foi dor
            Neste mundo de ímpares paisagens,
            Com as vinhas que se embrulham no verde da terra
            com o céu fazem cantigas e viagens.

            Beijam-lhe a água
            E levam-lhe a mágoa,
            De um povo trabalhador e sofredor
            pelo rio de ouro, vale sempre a pena a dor.

            As vinhas verdes e roxas
            Na paisagem verdejante
            Cantam e alegram
            o rio tão belo e elegante.

            E o segredo por eles escondido
            É o mais belo que pode haver.
            Na elegância de uma canção
            que nunca irei esquecer.

            Eu sempre irei cantar
            Aquilo que foi criado
            E que para sempre será recordado
            pelo rio Douro, assim chamado.

Façam alas,
Abram caminhos e valados,
Ergam os muros tão bem alinhados,
Neste espaço de união,
Nada fica ao acaso.
Tudo acontece em comunhão.

João Nuno Freire dos Santos - 6º B
Agrupamento de Escolas Latino Coelho, Lamego


sábado, 11 de abril de 2015

Testemunhando Paris, uma pérola europeia!



Foi uma viagem fantástica! A viagem de autocarro, apesar de longa, foi um momento bem divertido. Uns liam, outros jogavam tablet, alguns viam filmes e até desafios para a nossa atenção eram feitos! As noites é que foram mais difíceis. Não podíamos ler, proibiram-nos os jogos e restava-nos os tablets com os seus jogos até acabar a bateria!
Muitas paragens fizemos para nos alimentarmos e os condutores descansarem! Não podemos esquecer que até três colegas festejaram os seus aniversários: uma delas foi à luz da noite, cantando os parabéns ao luar e as outras duas foram presenteadas com os parabéns mesmo na sala de espera do nosso hotel, momento presenciado por muitos turistas do Campanile (o nosso confortável hotel nos arredores de Paris).
No dia 30 de abril concretizámos o grande objetivo do nosso passeio escolar: a visita à UNESCO, espaço onde se respira paz, o diálogo e direitos humanos. Foi uma manhã de autêntica cultura, de uma verdadeira lição de cidadania, com a grande colaboração do senhor Louis Ledoux, que tudo nos explicou, nos questionou, nos fez refletir, sempre em língua inglesa. Nós conseguimos compreendê-lo, para nosso espanto. Afinal o nosso humilde inglês mostrou a sua raça! A arte que aí impera e as questões relacionadas com os povos mundiais ao nível da educação, cultura e ciência foram bem evidenciadas como bases essenciais para a construção da paz mundial. Obrigada por nos terem proporcionado esta visita.
Seguimos o nosso itinerário, mas agora havia que descobrir aquela cidade que no dia anterior, de noite, nos ofuscava com tanta luz, movimento e beleza noturna. Fomos ao museu do Louvre. A fila quase nos fez desistir, mas a ânsia de vermos a Mona Lisa, foi maior que a nossa vontade de desistir. Quem se arriscava a furar a multidão para a fotografar tinha de suar, de se esforçar para conseguir mesmo um lugar ideal. Mas conseguimos. Valeu-nos a facto de ainda nos considerarem crianças…
Seguiu-se uma caminhada a pé por algumas pontes de Paris e, claro, que a conhecidíssima ponte do amor, ou seja, a Pont des Arts, tinha de ser por nós contemplada. E ali estava ela à nossa espera com os seus cadeados dos que se amam e que juram amor para sempre, com os músicos de viola e acordeão, como não podia deixar de ser. Passámos pelos comerciantes ambulantes com recordações sobre Paris e com as preciosidades dos livros antigos ao longo de alguns metros, sempre junto ao rio Sena. No final deste dia, chegámos ao nosso restaurante em pleno centro de Paris.
Após o retemperar de forças lá fomos para o hotel, passando por vários lugares emblemáticos da cidade: o Arco de Triunfo, os Campos Elísios e até o estádio nacional de futebol!

No 2º dia há que conhecer Montmartre e a basílica do Sacré-coeur. Simplesmente fabuloso, não só devido à sua imponência como à vista geral que se tem de toda a cidade. Sempre a pé, regressámos ao centro da capital, onde antes de almoçarmos nas Galeries Lafayette ainda apreciámos a Ópera de Paris e um pianista que tocou e nos encantou, mesmo no meio da rua. Isto é mesmo Paris, onde os artistas se misturam com o povo que os visita. Nas escadas desse edifício pudemos descansar ao som do piano e da música clássica. Soube melhor que um saboroso chocolate!
À tarde o nosso passeio pelo Sena em bâteau-mouche foi deslumbrante! Ao longo de 20 pontes pudemos conhecer os principais monumentos, entre eles Notre Dame e outros museus e contornar a Île de la Cité, onde nasceu Paris. Apesar do vento e do frio ninguém desistiu de estar no convés a apreciar espetáculo tão majestoso!
Apenas acabou a viagem, logo subimos ao segundo andar da Torre Eiffel. Que vistas! Que cenário de autêntica arquitetura exemplar onde os estilos se misturam e onde tudo se casa em comunhão com o rio e a natureza! Nem o vento nos impediu de contemplar, pela última vez, esta beleza parisiense.
Íamos partir… Parecia que tinha sido um sonho que soube a pouco.
De certeza que os nossos professores nos irão proporcionar mais momentos como estes, sabendo nós que é uma responsabilidade, uma preocupação constantes. No entanto, sabe bem recordar e refletir no que vimos, ouvimos e apreciámos. Se não for possível ir novamente a Paris, então pedimos que seja possível a outro lugar algures na Europa.

Alunos do 6º B
Agrupamento de Escolas Latino Coelho, Lamego


Paris, como tu és a nossa estrela!




 
Paris,
grande cidade
Que nos encanta
Pela sua beleza,
Pela sua dignidade!

Paris,
A cidade do amor,
Que nos impressiona
Quer pelo seu labor
Quer pela sua inigualável cor!

Paris,
A cidade luz
Que nos ilumina
Que nos seduz
E que muito nos ensina!
 
Que cidade é esta?
O que nos pode oferecer?
Monumentos, ruas, gentes…
Que a todos agrada
Com motivos sempre diferentes.

Paris,
Capital cosmopolita
Que nos extasia
Que nos deixa um Ai! de alegria!

Paris, uma capital da Europa,
Banhada pelo rio Sena.
Depois de visitada
Dizemos com ar de quem diz:
“O esforço para chegar valeu a pena!”
 
Dissemos-te adeus, au revoir,
Mas digo-te em segredo
Que não vou esperar muito
Para te ter nos meus olhos, de novo,
E contigo criar um conto cheio de enredo!
 
Merci pelo teu bem receber
Pela tua cultura,
Pela nossa UNESCO,
Pela tua paz,
E pela tua ímpar ternura! 

Guilherme Madalena - 6º B
Agrupamento de Escolas Latino Coelho, Lamego