Este conto, delicado e
poético, fala-nos de uma pequena cotovia que aprende a escutar o mundo à sua
volta — o vento, os ramos, os silêncios — e a encontrar o s
eu próprio ritmo. A
expressão “via… via…” repetia-se como um sussurro mágico, guiando os ouvintes
por entre palavras e emoções.
A narração foi conduzida
com sensibilidade e envolvimento, criando uma atmosfera de encantamento que
capturou a atenção dos mais pequenos e tocou o coração dos adultos. Não foi
apenas uma leitura: foi uma experiência sensorial, onde cada palavra parecia pousar suavemente como uma folha de outono.
A expressão “via… via…”
transcendeu o conto e tornou-se um mantra da festa. Ecoou nos corredores do
museu, nas produções icónicas das crianças e nas conversas entre famílias. Foi
como se todos, por instantes, se tornassem cotovias em busca de sentido, de
beleza e de escuta.
Para quem esteve
presente, a Hora do Conto foi mais do que um evento: foi uma memória viva, uma
semente lançada ao vento. Para quem não pôde estar, fica o convite para os
próximos encontros, para os próximos voos literários que Serralves tão bem sabe
proporcionar.
A Festa do Outono 2025
mostrou, mais uma vez, que a cultura pode ser leve como uma pena e profunda
como uma raiz. E que, às vezes, tudo começa com uma história contada ao som de
“via… via…”
No dia seguinte, 28 de
setembro, a Cotovia também viajou até aos Jardins do Palácio de Belém
juntando-se à Festa do Livro. O Senhor Presidente da República, Professor
Marcelo Rebelo de Sousa, recebeu com muito entusiasmo e carinho este livro.
Um agradecimento à Câmara Municipal de Lamego por ter incentivado e publicado a “Cotovia via... via...”, revelando a sua aposta na formação cidadã das crianças e jovens.
Isilda Lourenço Afonso