 Era uma vez uma menina chamada Josefa, que vivia numa casa escondida numa árvore. A Josefa era muito pobre, economicamente, mas de espírito era mesmo muito rica. Só que não tinha amigos.
Era uma vez uma menina chamada Josefa, que vivia numa casa escondida numa árvore. A Josefa era muito pobre, economicamente, mas de espírito era mesmo muito rica. Só que não tinha amigos.Um dia, decidiu que queria visitar um país diferente e imaginar outras vidas, outros mundos. Para começar foi inventando nomes para o seu país. Depois de muito pensar, decidiu colocar o nome de “Amigácia” e aos seus habitantes chamar os “amigos”. Desta forma, a Josefa ia ter amigos…
Depois de ter encontrado o nome do país, era necessário visitá-lo e conhecê-lo. Imaginá-lo tinha sido fácil. Bastava fechar os olhos durante um instante. O pior seria mesmo visitá-lo e conhecê-lo.
Ora, como acabei de dizer, primeiro a Josefa imaginou-o. Era lindo! Tinha flores cor-de-rosa, roxas e azuis. As cor-de-rosa faziam um grande círculo; as roxas, uma linha compacta à volta das flores cor-de-rosa e as azuis, uma linda coroa, bastante larga, em torno das primeiras. Como já o tinha imaginado, agora só faltava conhecê-lo. Quando abriu os olhos, estava num novo país: “Amigácia”.
A primeira coisa que viu à sua frente foi um ecrã que dizia: “Bem-vinda ao nosso mundo. Tudo o que desejares, nós daremos, mas só podes formular dez desejos”. E a Josefa aproveitou imediatamente a proposta.
- Eu desejo ter muito amigos verdadeiros.
E rapidamente lhe apareceu no ecrã:
- “Tu desejas que os teus amigos sejam pessoas ou animais?”
- Desde que sejam meus amigos, aceito tudo – respondeu ela prontamente.
Então, num abrir e fechar de olhos, apareceram à sua frente muitos meninos, meninas, plantas e animais. Todos perguntavam:
- Queres ser nossa amiga?
- Sim, sim, quero – regozijava-se ela com tanta confusão de seres.
Apareceu, de repente, um cão que lhe disse:
- Já formulaste um desejo, mas ainda faltam nove. Antes de os dizeres, levas um destes amigos contigo.
- Tanto faz. Levo um qualquer.
Apareceram-lhe logo duas meninas: uma muito alta e exuberante no aspecto, e outra muito pequenina, mas com ar de alguém muito doce. A Josefa escolheu logo a mais pequena e disse-lhe:
- Bem-vinda ao grupo. Como te chamas?
- Eu sou a Sara.
-Eu sou a Josefa. Vamos conhecer-nos melhor e para começar, vamos dar uma volta por aí. Gostava que tu me desses a conhecer melhor esse país maravilhoso que está a preocupar-se tanto comigo. De certeza que tem muitos tesouros escondidos, daqueles que ando à procura, há muito tempo.
E lá foram as duas. Tinham já passado algumas horas, quando decidiram entrar numa casa abandonada. Estavam as duas muito atentas nas suas observações e descobriram ladrões que por ali andavam à procura de algo para furtar. A Josefa decidiu imediatamente pedir ajuda.
- Quero seguranças.
Apareceram de imediato. Esses seguranças prenderam os ladrões e as dua
 s amigas puderam continuar nas suas deambulações.
s amigas puderam continuar nas suas deambulações.Tinha já passado algum tempo e sentiam alguma fome e necessitavam, também, de abrigo e mais pessoas que as acompanhassem, pois sozinhas e sem uma família não dá gosto viver. A Josefa pediu comida, uma casa, roupas, brinquedos e uma família. Só restava pedir três desejos. Foi ao passar numa casa onde viu muitos pobres que decidiu pedir comida e roupas para todos os que estavam a necessitar. Tudo apareceu num instante.
Faltava, ainda, um desejo. Queria simplesmente voltar a casa com todas aquelas coisas que tinha conseguido. E foi mesmo isso que aconteceu. Mas quando estava quase a aparecer na sua casa da árvore, viu que a sua amiga Sara não estava com ela. Ficou aflita e muito preocupada com o que estava a acontecer. Tinha ficado em “Amigácia”.
Ela começou a chorar tanto e de forma tão sentida que numa brisa leve e rápida do senhor Vento, apareceu e apresentou-se junto dela a sua pequena Sara. A Josefa estava agora radiante e com a sua amiga começaram um nova vida naquele sítio. Tudo mudou, porque as amizades apareceram, fruto do entendimento, diálogo e ajuda que ambas começaram a proporcionar a todos os que ali viviam.
Apareceu, uns anos mais tarde, a aldeia dos “Amigos que vieram de longe”, precisamente junto à árvore da Josefa. Agora, essa árvore é um local respeitado e visitado por todos os que a visitam e querem conhecer a história que permitiu o nascimento de uma comunidade onde todos são verdadeiros amigos.
Laura – 5º1
 

