sábado, 13 de dezembro de 2014

Um aviso natalício

Na noite de Natal, no polo Norte, estava o Pai Natal a preparar-se para a sua saída habitual da noite tão esperada pelas crianças, quando a Mãe Natal lhe diz:
- Hoje a noite está muito sombria! É melhor teres cuidado para não te perderes..
- Não te preocupes, já faço isto há muitos anos e nunca me perdi. Já viajei em noites mais escuras que esta, por isso nada me poderá acontecer.
Seguidamente, subiu para o seu trenó e disse em voz bem soante:
- Aeiou....
E as suas sete renas começaram imediatamente a subir... a subir...
Os presentes que levava foram distribuídos por vários países: Espanha, Portugal, Inglaterra, Alemanha... mas faltou um. Um dos presentes para França!
Deu meia volta e retomou o rumo em direção a França. Dirigiu-se à casa do menino que tinha pedido um tablet, desceu sorrateiramente pela chaminé e colocou, finalmente, o presente nos sapatinhos que ali estavam à sua espera.
- Ufa, cheguei a tempo, mas sinto-me cansado. Vou ter de parar um pouco para recuperar energias!
Aterrou na torre Eiffel para descansar um pouco. Logo a seguir a esta espécie de sesta, bem merecida, voltou ao polo Norte, mas algo aconteceu. Perdeu-se no caminho. Por mais que pensasse e olhasse para um pequeno mapa que levava consigo, e se servisse do seu GPS sempre atualizado, as condições atmosféricas não permitiam visibilidade nem ligação suficiente ao satélite que lhe permitisse ver as coordenadas exatas para chegar à sua "home sweet home". Decidiu então aterrar e chegou mesmo a adormecer.
Teve sorte, pois em dias tão gélidos, e sem qualquer pessoa a aparecer, ou qualquer outro ser com quem se desse muito bem, o nosso Pai Natal poderia ter morrido de frio e enregelado. Valeram-lhe dois dos seus duendes amigos que andavam à pesca de peixes da época, em buracos feitos nas camadas de gelo. Era uma atividade que os divertia e útil para a família. Para eles o mau tempo até era a melhor época para pescar. Não tinham ninguém que lhes fizesse frente nem os ursos a atormentá-los.
Levaram-no para a sua fábrica de brinquedos, pois sabiam que, quando ele acordasse, gostaria de se sentir rodeado daquilo que ele mais gostava: os objetos que tornam as crianças alegres e as fazem esquecer as tristezas.
Quando acordou, a Mãe Natal aproveitou logo para lhe dizer:
- Eu bem te avisei!...

Maria Beatriz Fonseca - 6º B
António Filipe - 6º A
Atividade do clube de Escrita Criativa
Agrupamento de Escolas Latino Coelho, Lamego

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