sexta-feira, 20 de novembro de 2015

A luz ao fundo do túnel


 
A esperança dos corações destroçados
A coragem dos guerreiros amedrontados
Voltou graças a um povo
Já diverso e espalhado por aí,
Que espalha a liberdade e o amor
O ensino e o perdão
Nada de armas, NÃO!
Nada de opressores, NÃO!


O olhar das pessoas perdidas
Com medo e com receio,
Afogam-se por entre a perda
E … perdem-se nesse mundo inteiro!


Pelo respeito dos Direitos Humanos
Pela liberdade de expressão,
Deixem-nas ir, deixem-nas ir
E depois verão,
Que o mundo tem para todos
Todos sem exceção,
Um pedaço de ensino e de amor
Não de sangue no chão
E armas nos braços
De quem não lhes conhece a razão.

Lutem, vivam, não sobrevivam.
Voem livres como grãos de pó
E sejam felizes com a educação
O amor e a paz
Armas já ao chão
Apenas Liberdade na mão.

João Nuno Santos
Clube de Escrita Criativa
Agrupamento de Escolas Latino Coelho, Lamego

 
 

O Holocausto recordado em Lamego

Alguns alunos do Clube de Escrita Criativa participaram na Conferência sobre o Holocausto, no Teatro Ribeiro Conceição. Os textos que apresentaram foram elaborados durante algumas sessões do clube. Aqui vos apresentamos os que foram lidos.
 
 
Anne Frank: uma estrela que brilha

Annelisse Marie Frank nasceu a 12 de junho de 1929 em Frankfurt, na Alemanha, numa família judaica. Em 1933 mudou-se para Amesterdão, onde tinha uma vida igual a tantas outras meninas da sua idade.

Em 1940 a sua vida mudou com a invasão nazi dos Países Baixos que perseguiam os judeus. A sua família refugia-se num anexo secreto (sótão) com outra família na esperança de se dar um final feliz: acabar a guerra.

O tempo foi decorrendo e foram sendo ajudados por várias pessoas que lhes eram fiéis. Anne foi relatando os acontecimentos, no seu querido diário, recebido como presente de anos no seu aniversário, a quem chamou Kitty. Pela leitura do diário sabemos que foram tempos terríveis, de clausura, de sofrimento físico e psicológico, de angústias constantes mas onde a esperança sempre predominou.

A fonte de inspiração estava num castanheiro-da-Índia que crescia e os observava continuamente lá fora, onde havia, pelo menos, a liberdade de respirar ar puro, de ouvir e apreciar todo o encanto da Natureza. Uma das suas frases foi mesmo esta: A natureza torna-me um ser humilde, torna-me capaz de suportar melhor todos os golpes”. Todos os dias ela pensava nas amizades que tinha feito, o que lhes teria acontecido e que talvez até já nem existissem. Apaixonou-se e assim podia ter alguém dentro do anexo com quem conversar sobre os mesmos assuntos e trocar ideias. Mas foi algo que durou muito pouco…

Em agosto de 1944 os habitantes deste anexo foram descobertos e levados para uma prisão em Amesterdão. O futuro ainda foi mais trágico para alguns ao desaparecerem da companhia de Anne Frank. Ela e a irmã acabariam por deixar a luz da vida no campo de concentração devido ao tifo, muito pouco tempo antes de serem libertados.

O seu exemplo de menina corajosa e de alguém que nunca perdeu a esperança vai ficando gravado no coração de todos nós e até se vai perpetuando com a plantação de pequenos ramos do castanheiro-da- Índia pelo mundo fora, uma vez que foi derrubado por uma tempestade em 2010.

Nós não deixaremos esquecer Anne Frank e esperamos que ela não tenha sofrido em vão!

Terminamos com o que ela disse: “Quem tem coragem e fé nunca perecerá na miséria.”


A negra sombra do holocausto, a barbárie humana de Auschwitz

A homenagem, instituída há seis anos pela Assembleia Geral das Nações Unidas, marca o dia em que tropas soviéticas libertaram o campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau, na Polónia, em 1945.
É uma homenagem às vítimas do Holocausto, vítimas que apenas por serem de origem judaica,  ou porque eram ciganos, ou porque eram eslavos, eram considerados inferiores ou, ainda, por serem considerados inimigos políticos, foram mortos também, ou porque tinham uma opção sexual que não era do gosto dos governantes de então.

A memória é uma arma humana que pode impedir a repetição da barbárie. Hoje e sempre, é nosso dever relembrar que este momento passado, mas não longínquo, foi um hediondo crime contra os direitos humanos e crime contra a Humanidade. Foi um momento deplorável da história humana. Lembrar Auschwitz, é relembrar todas as vítimas de todas as guerras injustas, de todas as ditaduras, que pelo mundo exterminaram, torturaram e tentaram calar milhões de seres humanos. Mas também é lembrar que foi naquele campo que muitas famílias judias foram destroçadas, homens e mulheres e crianças foram humilhados, foram feridos na sua dignidade, e seis milhões de vidas humanas foram ceifadas, especificamente, com a vida de milhões de judeus.

Nós defendemos que a construção da paz, a busca da paz é essencial para melhorar a vida da Humanidade, para melhorar a vida daquelas nações que vivem momentos terríveis de guerras violentas e inexplicáveis, de guerras étnicas, de guerras religiosas. Acreditamos que o melhor caminho para diminuir esse sofrimento da humanidade é o convívio, ou seja, o diálogo sempre no respeito e  num tratamento respeitoso da diferença cultural, social, étnica, moral. Ao mesmo tempo, nós acreditamos que é nosso dever não pactuar com a violação dos direitos humanos em qualquer país, incluindo o nosso. Auschwitz lembra-nos diariamente que quem ali pereceu que não tenha sido em vão. Os direitos humanos básicos como a liberdade e a dignidade são para se respeitar e fazerem respeitar.
O espaço de Auschwitz é o lugar da Shoah e indica-nos os caminhos que nunca devem ser percorridos. De Auschwitz até hoje vai uma longa distância temporal, mas que esperamos não volte a acontecer. Somos jovens, ainda não visitámos Auschwitz, mas lemos, ouvimos e vimos testemunhos inacreditáveis e impensáveis daquilo que um homem foi capaz de fazer a outro homem. Não deixemos que a barbárie nos volte a enverginhar. Somos Mulheres e Homens que queremos a construção de um mundo onde reine a COMPREENSÃO e a TOLERÂNCIA.
 
Obrigado por nos terem proporcionado estes momentos de reflexão. Queria agradecer a todos aqui presentes e dizer, para encerrar: Shalom. Muito obrigado.

Clube de Escrita Criativa
Agrupamento de Escolas Latino Coelho, Lamego
 
 
 

sábado, 14 de novembro de 2015

Uma "marca" na vida do Liceu

As comemorações do Liceu Latino Coelho têm vindo a acontecer há alguns dias com a participação de alunos, professores e algumas instituições da comunidade educativa local e nacional.
No dia 11 de novembro, decorreu a cerimónia de lançamento do selo comemorativo do 135.º Aniversário da Escola Secundária de Latino Coelho, escola-sede do Agrupamento,  pelas 10h30, e teve como convidado especial o senhor Diretor Nacional da Filatelia dos CTT, Raul Moreira.
Foi um momento de verdadeira aula de história sobre filatelia, um momento pedagógico com alguém que mostrou ser um pedagogo, investigador e, sobretudo, um comunicador. Ficámos mais ricos e os conhecimentos que nos transmitiu de forma clara e assertiva permitiram
que todos os presentes, sem exceção, bebessem as suas palavras a propósito de uma temática talvez desconhecida de muitos de nós.
Parabéns à aluna que concebeu o selo, revelador da alma do liceu e daquilo que continuará a ser para quem o frequenta e onde se forma para outras etapas da vida.
Momentos destes são sempre bem-vindos. Continuemos a pugnar pela cultura e pela formação dos nossos alunos, seja a propósito de comemorações seja simplesmente porque são atividades curriculares ao longo do ano.

Isilda Lourenço Afonso
Professora do AELC





quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Poppy Day na Escola Básica para lembrar quem lutou pela liberdade!

Entre 28 de julho de 1914 e 11 de novembro de 1918 decorreu na Europa uma das mais sangrentas guerras de todos os tempos:  a I Guerra Mundial.
Nunca é demais recordar tragédias deste tipo, para que outras nunca mais possam acontecer. 
É sempre bom apelar ao bom senso dos governantes mundiais para que nem em sonhos cedam à tentação de uma matança semelhante à ocorrida nas guerras mundiais. Claro que na escola cabe aos professores explicar ou fazer com que os alunos decubram o que é isto de o "Dia da Papoila".
Uma papoila na lapela é símbolo que nos faz lembrar que não devemos brincar com o fogo, ou seja, não devemos comportar-nos de forma egoísta, sem pensar nos outros, sem respeitar as liberdades do Homem e tudo o que no mundo provoca o confronto e a luta.
Cultivem este hábito saudável nascido do poema " Nos campos da Flandres" escrito pelo oficial médico canadiano John McCrae. 
Hábito esse que se instalou até aos dias de hoje e que é evocativo do fim da I Guerra Mundia em 11 de Novembro de 1918.
Há quem diga que foi a grande quantidade de sangue derramado naqueles campos da Flandres, durante todos aqueles anos, que tornou possível esse acontecimento. Ele diz-nos que mesmo na morte, existe a vida pois, as papoilas "nasceram" do sangue das pessoas que morreram na guerra, por isso se chama o Dia da Papoila (Poppy Day). 
A data comemora o Armistício de Compiègne, assinado entre os Aliados e o Império Alemão em Compiègne, na França, pelo fim das hostilidades na Frente Ocidental, o qual teve efeito às 11 horas da manhã a "undécima hora do undécimo dia do undécimo mês". Apesar desta data oficial ter marcado o fim da guerra, refletindo no cessar-fogo na Frente Ocidental, as hostilidades continuaram noutras regiões. O dia do Armísticio tam bém serve pa ra recordar os milhares de mortos e inválidos causados pela guerra, As papoilas usaram-se porque na Primeira Guerra Mundial a fronte Oeste continha no solo milhares de sementes de papoilas, todas adormecidas. Elas estavam lá há anos, mas as batalhas que se travaram remoeram tanto o solo que as papoilas floresceram como nunca antes se tinha visto. O campo de papoilas mais famoso foi o de Ypres, uma cidade na Flandres, Bélgica, que era crucial para a defesa Aliada. Lá decorreram três batalhas, mas foi a segunda, que foi catastrófica para os aliados porque foi a primeira vez que os alemães usaram o gás de cloro que estavam a experimentar, que trouxe as papoilas em grande abundância e que inspirou um soldado canadiano, o major John McCrae a escrever o seu mais famoso poema. Isto, por sua vez, inspirou a legião britânica a adoptar a papoila como o seu emblema em memória dos mortos da Grande Guerra.



In Flanders fields the poppies blow
Between the crosses, row on row,
That mark our place; and in the sky
The larks, still bravely singing, fly
Scarce heard amid the guns below.

We are the Dead. Short days ago
We lived, felt dawn, saw sunset glow,
Loved and were loved, and now we lie,
In Flanders fields.

Take up our quarrel with the foe:
To you from failing hands we throw
The torch; be yours to hold it high.
If ye break faith with us who die
We shall not sleep, though poppies grow
In Flanders fields. 


Alunos dos 5ºe 6º anos
Agrupamento de  Escolas Latino Coelho, Lamego