Anne
Frank: uma estrela que brilha
Annelisse
Marie Frank nasceu a 12 de junho de 1929 em Frankfurt, na Alemanha, numa
família judaica. Em 1933 mudou-se para Amesterdão, onde tinha uma vida igual a
tantas outras meninas da sua idade.
Em
1940 a sua vida mudou com a invasão nazi dos Países Baixos que perseguiam os
judeus. A sua família refugia-se num anexo secreto (sótão) com outra família na
esperança de se dar um final feliz: acabar a guerra.
O
tempo foi decorrendo e foram sendo ajudados por várias pessoas que lhes eram
fiéis. Anne foi relatando os acontecimentos, no seu querido diário, recebido
como presente de anos no seu aniversário, a quem chamou Kitty. Pela leitura do
diário sabemos que foram tempos terríveis, de clausura, de sofrimento físico e
psicológico, de angústias constantes mas onde a esperança sempre predominou.
A
fonte de inspiração estava num castanheiro-da-Índia que crescia e os observava
continuamente lá fora, onde havia, pelo menos, a liberdade de respirar ar puro,
de ouvir e apreciar todo o encanto da Natureza. Uma das suas frases foi mesmo
esta: “A natureza
torna-me um ser humilde, torna-me capaz de suportar melhor todos os golpes”.
Todos
os dias ela pensava nas amizades que tinha feito, o que lhes teria acontecido e
que talvez até já nem existissem. Apaixonou-se e assim podia ter alguém dentro
do anexo com quem conversar sobre os mesmos assuntos e trocar ideias. Mas foi
algo que durou muito pouco…
Em
agosto de 1944 os habitantes deste anexo foram descobertos e levados para uma
prisão em Amesterdão. O futuro ainda foi mais trágico para alguns ao
desaparecerem da companhia de Anne Frank. Ela e a irmã acabariam por deixar a
luz da vida no campo de concentração devido ao tifo, muito pouco tempo antes de
serem libertados.
O
seu exemplo de menina corajosa e de alguém que nunca perdeu a esperança vai
ficando gravado no coração de todos nós e até se vai perpetuando com a
plantação de pequenos ramos do castanheiro-da- Índia pelo mundo fora, uma vez
que foi derrubado por uma tempestade em 2010.
Nós
não deixaremos esquecer Anne Frank e esperamos que ela não tenha sofrido em
vão!
Terminamos
com o que ela disse: “Quem tem coragem e fé nunca perecerá
na miséria.”
A negra sombra do holocausto, a barbárie humana de
Auschwitz
A homenagem, instituída há seis anos pela Assembleia Geral das Nações
Unidas, marca o dia em que tropas soviéticas libertaram o campo de extermínio
de Auschwitz-Birkenau, na Polónia, em
1945.
É uma homenagem às vítimas do Holocausto, vítimas que apenas por serem
de origem judaica, ou porque eram
ciganos, ou porque eram eslavos, eram considerados inferiores ou, ainda, por
serem considerados inimigos políticos, foram mortos também, ou porque tinham
uma opção sexual que não era do gosto dos governantes de então.
A memória é uma arma humana que pode impedir a repetição da barbárie. Hoje
e sempre, é nosso dever relembrar que este momento passado, mas não longínquo,
foi um hediondo crime contra os direitos humanos e crime contra a Humanidade.
Foi um momento deplorável da história humana. Lembrar Auschwitz, é relembrar
todas as vítimas de todas as guerras injustas, de todas as ditaduras, que pelo
mundo exterminaram, torturaram e tentaram calar milhões de seres humanos. Mas
também é lembrar que foi naquele campo que muitas famílias judias foram
destroçadas, homens e mulheres e crianças foram humilhados, foram feridos na
sua dignidade, e seis milhões de vidas humanas foram ceifadas, especificamente,
com a vida de milhões de judeus.
Nós defendemos que a construção da paz, a busca da paz é essencial para
melhorar a vida da Humanidade, para melhorar a vida daquelas nações que vivem
momentos terríveis de guerras violentas e inexplicáveis, de guerras étnicas, de
guerras religiosas. Acreditamos que o melhor caminho para diminuir esse
sofrimento da humanidade é o convívio, ou seja, o diálogo sempre no respeito e num tratamento respeitoso da diferença cultural,
social, étnica, moral. Ao mesmo tempo, nós acreditamos que é nosso dever não pactuar
com a violação dos direitos humanos em qualquer país, incluindo o nosso.
Auschwitz lembra-nos diariamente que quem ali pereceu que não tenha sido em
vão. Os direitos humanos básicos como a liberdade e a dignidade são para se
respeitar e fazerem respeitar.
O espaço de Auschwitz é o lugar da Shoah
e indica-nos os caminhos que nunca devem ser percorridos. De Auschwitz até hoje
vai uma longa distância temporal, mas que esperamos não volte a acontecer.
Somos jovens, ainda não visitámos Auschwitz, mas lemos, ouvimos e vimos
testemunhos inacreditáveis e impensáveis daquilo que um homem foi capaz de
fazer a outro homem. Não deixemos que a barbárie nos volte a enverginhar. Somos
Mulheres e Homens que queremos a construção de um mundo onde reine a COMPREENSÃO e a TOLERÂNCIA.
Obrigado por nos terem proporcionado estes momentos de reflexão. Queria agradecer a todos aqui presentes e dizer, para encerrar: Shalom. Muito obrigado.
Clube de Escrita Criativa
Agrupamento de Escolas Latino Coelho, Lamego
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