A formação cívica dos jovens pode agir
como uma ponte entre as culturas e servir como chave mestra na promoção da
interculturalidade e da compreensão dos povos. Transmitir valores patrimoniais
às crianças e jovens, para além do respeito pelo que é seu, da sua comunidade, também
é a constatação do que é diferente da sua realidade; em suma, reconhecer a
diversidade do mundo, ajuda a criar ambientes propícios ao diálogo, à partilha
e à Paz no mundo.
Investir em recursos culturais locais,
incluindo o tradicional conhecimento e habilidades, bem como música, dança,
teatro e festivais, desenvolve a criatividade abre oportunidades aos jovens e
ajudar a fortalecer a identidade e coesão social que constituem verdadeiros desafios
hoje.
Durante o ano letivo 2015/2016 as
escolas pertencentes a esta região foram convidadas a participar no concurso
“Douro Património Mundial – Redesenhando os Marcos Pombalinos”, promovido pela
Liga dos Amigos Douro Património Mundial, apresentando desenhos ou maquetes que
ilustrassem estes autênticos monumentos da nossa região, dando-lhes o seu cunho
pessoal, artístico e criativo, numa perspetiva de alguém com o olhar de quem
ama e aprecia as suas raízes e o saber dos que tanto labutaram por uma região
protegida e reconhecida pela UNESCO.
Os trabalhos foram muitos e de difícil
escolha por parte do júri. Finalmente, no passado dia 1 de outubro, no
belíssimo Auditório da Câmara Municipal da Régua, os prémios foram entregues, numa
cerimónia que juntou os vencedores, pais, comunidade educativa e representantes
das escolas. Foram atribuídos prémios a alunos dos 2º e 3º ciclos e secundário.
A qualidade excelente dos trabalhos
mereceu o elogio de todos, constatando-se que mesmo os participantes mais novos
conseguiram interpretar e transmitir como estes testemunhos – os marcos
pombalinos – são a prova de que a nossa região ainda tem muito para nos ensinar
e para nos fazer (re)descobrir. A aluna Maria Dinis Tenreiro, do Agrupamento de
Escolas Latino Coelho, Lamego, foi uma das vencedoras do 2º ciclo com um
desenho que ilustrou o seu conhecimento e criatividade num trabalho
interdisciplinar que envolveu Educação Visual, História e Português. Valeu o
esforço e a persistência da aluna mostrando que o seu Douro tem muitos tesouros
para ela e os colegas conhecerem, redesenharem e reinterpretarem.
Iniciativas como as que a LADPM têm
vindo a promover deverão ser acarinhadas e constituírem uma forma de
envolvimento dos jovens naquilo que mais os une – o património, o saber e a
cultura.
Isilda
Lourenço Afonso
Agrupamento de Escolas Latino Coelho, Lamego
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