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quinta-feira, 21 de maio de 2009

António Torrado (o Torradinho) visitou-nos!

Os alunos estavam ansiosos, curiosos e expectantes quanto à visita do escritor António Torrado. Achavam que era muito famoso (o autor da História do Dia) e é sempre alguém que para crianças e jovens parece um ser irreal.
Todos os alunos se encontravam no auditório da E.B. 2/3 de Lamego, alunos que frequentam os 3º, 4º e 5º anos de escolaridade do Agrupamento, tal como se tinha decidido em reunião do subdepartamento de Língua Portuguesa do 2º ciclo em articulação com os professores responsáveis pelo 1º ciclo.
E assim aconteceu como estava previsto! No dia 6 de Maio, a responsável pelo subdepartamento de Língua Portuguesa do 2º ciclo, que lhe tinha feito o convite, apresentou o escritor, já um pouco cansado, devido à longa viagem, mas logo muito alegre com uma interacção com os alunos que os colocou com os ouvidos bem atentos, os motivou constantemente com pequenos episódios da sua vida, lhes falou do seu percurso como escritor, respondeu às questões previamente preparadas, ou seja, fez a festa praticamente à custa das suas sensatas e sábias palavras. Até na sessão de autógrafos teve sempre uma palavrinha de carinho e de amizade para os alunos e professores. Um autêntico “gentleman”.
Muito ainda ficou por perguntar e por dizer, mas haverá mais oportunidades, mais escritores e iremos continuar a lê-lo, pois são livros muito engraçados, muito malandros, mas que nos transmitem ensinamentos a nunca esquecer. Como ele nos disse: nunca tenham receio de começar a escrever, nem que sejam coisas que nos pareçam esquisitas. Depois vamos aperfeiçoando através do que lemos, do que observamos e do que vamos aprendendo com a vida. Pois é assim que tudo se consegue. Sem trabalho e persistência nada se pode conseguir, nem daremos valor ao que nos rodeia.
Foi alguém que nos contagiou e nos fez pensar sobre alguns aspectos dos seus livros e da sua vida pessoal.


Isilda Lourenço Afonso

domingo, 1 de março de 2009

Hepátia de Alexandria - um exemplo de amor à cultura

Quando nos apareceu esta personagem, Hepátia de Alexandria, como a nossa directora dos trabalhos do Projecto Conectando Mundos, ficámos curiosos e decidimos ir investigar. É assim que conseguimos alargar a nossa sabedoria. Por que motivo escolheram esta personagem e quem será esta ilustre desconhecida?
Vamos, então dizer-vos, de uma forma muito rápida, alguma coisa sobre ela e sobre o lugar que tanto amou - a Biblioteca de Alexandria.

A cultura actual deve muito aos estudos e descobertas de homens e mulheres da Antiguidade. Na História da Humanidade, surgiu, há longos séculos, a promessa de uma civilização científica, sólida e brilhante. A sede, por assim dizer, de todo este conhecimento, há mais de dois mil anos, residia na famosa Biblioteca de Alexandria, uma cidade do Egipto onde os melhores intelectuais da época estabeleceram as bases para o estudo profundo da Matemática, da Física, da Biologia, da Astronomia, da Literatura, da Geografia e da Medicina.

Esta Biblioteca foi construída por reis gregos. Desde a época da sua fundação, no terceiro século a. C., até à sua destruição, sete séculos depois, foi o cérebro e o coração do mundo antigo. Podemos dizer, como hoje, que era a capital editorial do planeta Terra. Nessa altura, ainda não existia a imprensa. Os livros eram caros, copiados à mão e aí estavam depositadas as melhores cópias do mundo. Muitas das obras-primas dos autores universalmente conhecidos estavam aí guardadas e constituíam um património cultural de valor incalculável.
Alexandria era a maior cidade do Egipto. Pessoas de todas as nações iam aí para viver, fazer comércio ou estudar. Aí se trocavam ideias e mercadorias. As pessoas desta cidade nem imaginavam o que se passava dentro da sua grandiosa biblioteca. Aliás, a população nem sequer gostava dela, como também não apreciavam a cultura nem a ciência... Diz-se que foi essa população que a queimou, fazendo com que desaparecessem muitos dos verdadeiros tesouros da cultura mundial.

Ora, o último cientista a trabalhar na biblioteca foi...uma mulher. Distinguiu-se na Matemática, na Física e na Filosofia. O seu nome era Hepátia. Nasceu em Alexandria em 370, numa época em que as mulheres tinham poucas oportunidades e eram tratadas como objectos. No entanto, esta cientista dominava várias áreas do conhecimento tradicionalmente ligadas aos homens. Era muito bela, com muitos pretendentes, mas não casou. Um dos bispos de Alexandria desprezava-a por achar que se relacionava bem com o governador romano e, ao mesmo tempo, ser um símbolo de sabedoria e ciência, que significava paganismo. Mesmo sabendo que a odiavam, continuou a ensinar e a publicar os seus livros e, um dia, a caminho do seu trabalho, foi atacada por um grupo de fanáticos que a mataram de uma forma bárbara. Morria, assim, a última bibliotecária-mor da Biblioteca de Alexandria e a primeira matemática conhecida. Hoje o seu nome é dado a uma cratera lunar, talvez como reconhecimento da sua vastíssima cultura nas áreas da Física e da Astronomia.


A nova biblioteca de Alexandria existe desde 2002, inaugurada com o nome de Biblioteca Alexandrina.

Alunos do 5º 1 - trabalho de pesquisa