quarta-feira, 11 de março de 2015

Miguel Torga: uma exposição que nos ensinou

O Projeto Jornadas Literárias Ler (n)o Douro, da iniciativa da Coordenação Interconcelhia da Rede de Bibliotecas Escolares (concelhos de Armamar, Baião, Lamego, Moimenta da Beira, Penedono, Resende, São João da Pesqueira, Sernancelhe, Tabuaço e Tarouca),  tem como objetivo essencial a promoção da leitura, dando a conhecer a obra de autores/escritores que têm alguma afinidade com a região do Douro ou que escreveram sobre ela.
Cada concelho escolhe um autor/escritor e organiza um dia/jornada de atividades que lhe é dedicado. Antecipadamente, nas escolas e nas bibliotecas municipais decorrem atividades (exposições, oficinas, concursos, etc) que dão a conhecer o autor/escritor, sendo alguns dos trabalhos produzidos neste âmbito apresentados no dia da jornada.

Foi assim também, no dia 10 de março, que duas turmas do 6º ano da E . B. 2, 3 de Lamego, as turma A e B, foram conhecer Miguel Torga, vida e obra, com as professoras Isilda Afonso, Maria do Céu Brito e Manuela Barata. A professora Ana Paula Sousa apresentou e descreveu aspetos importantes deste escritor e médico que por estas terras transmontanas muito nos contou e ensinou. A exposição intitulava-se " O Douro nos caminhos da literatura - Miguel Torga".
Todos estiveram atentos e aprenderam que este escritor teve de lutar muito para conseguir ser médico e escritor. Ainda estudou durante um ano no Seminário de Lamego. As suas obras mais conhecidas são "Os contos da montanha" e "Bichos". Ficámos curiosos e com vontade de o ler. No final preenchemos um questionário sobre o que aprendemos acerca deste escritor e ainda tivemos tempo para apreciar o novo espaço na zona do nosso castelo - a casa dos Bordalos.
Alguns aspetos curiosos: em 1934, aos 27 anos, Adolfo Correia Rocha cria o pseudónimo "Miguel" e "Torga". Miguel, em homenagem a dois grandes vultos da cultura ibérica - Miguel de Cervantes e Miguel de Unamuno. Já Torga surge por associação a uma planta brava da monta
nha, que deita raízes fortes sob a aridez da rocha, de flor branca, arroxeada ou cor de vinho, com um caule incrivelmente retilíneo. Toda a sua obra, embora muito diversificada, é a expressão de um indivíduo que se deixou seduzir pelas terras do Douro e das montanhas e apreciador do ser humano, extremamente ligado à sua terra natal.

Alunos do 6º A e 6º B
Agrupamento de Escolas Latino Coelho, Lamego

1 comentário:

Ana Paula Sousa disse...

Foi muito gratificante fazer a visita guiada aos alunos do 6ºA e 6º B, pois foi um público muito atento e interessado.