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Água, a quanto obrigas!
Um
dia, a família Lopez, que vivia na Bolívia, tinha o seu filho mais novo, o
Juanito, doente. Os curandeiros da aldeia diziam que o seu estado era
complicado, pois bebera água de um poço que deveria estar contaminada pelos
dejetos das casas e esgotos e a febre tifóide fora contraída. Ali não havia
possibilidades de o tratar. Era urgente que lhe fosse administrado um
tratamento adequado ao tipo de bactéria que tinha causado a doença que poderia
levar à morte.
Os
pais, o Juanito e o irmão tinham de emigrar! Havia que escolher um país próximo
que lhes oferecesse condições de assistência à doença, principalmente para
curar o seu Juanito. Foram pedir ajuda aos seus tios, uma vez que era
necessário transporte e algum dinheiro. Eles estavam sempre prontos a ajudar.
Logo
nessa manhã, a família Lopez foi visitar os tios, bateram à porta e o tio
Geronimo veio abrir.
-
Olá, o que vos traz por cá? – perguntou o tio.
-
O Juanito está muito doente por causa da água poluída da nossa aldeia e pedíamos
a vossa ajuda monetária para podermos emigrar.
-
E para onde querem emigrar? – quis saber a tia Martina.
-
Para a Argentina. É o país mais próximo e que nos oferece mais condições de
saúde para o tratamento do Juanito – declarou o senhor Lopez.
-
Para a Argentina? – exclamou a tia muito indignada. – Mas para isso é
necessário muito dinheiro! Não vos podemos emprestar, pois também nós estamos
com dificuldades.
-
Que mentira! Como podem estar em dificuldades com tanto luxo que exibem! –
ripostou a mãe de Juanito.
Sem
mais argumentos, foram-se embora, mas muito desiludidos. Então o Miguel, o
irmão mais velho, teve uma ideia: pedir aos pais do seu melhor amigo, o
Antonio, uma carroça que tinham, puxada por um cavalo e… algum dinheiro que
eles pagariam mais tarde. E tudo se arranjou.
A
família partiu em direção à fronteira da Argentina. Foram ainda dois dias de
viagem, com o Juanito a queimar em febre, mas a quem a mãe dava um medicamento
de ervas que durante algumas horas fazia efeito, mas nada resolvia. Foi mesmo
para fazer tempo de chegarem à fronteira e poder ser assistido pelos
enfermeiros e médicos de um pequeno centro de saúde que aí existia.
Conseguiram
chegar a tempo de tratarem o Juanito, pois aquela maldita bactéria tinha de
morrer com medicação própria para o efeito. Os pais e o irmão estavam exaustos,
mas, finalmente, o Juanito estava entregue aos cuidados de quem sabia tratá-lo.
Recuperou,
apesar do internamento de vários dias, que serviram para os pais e o irmão
trabalharem numa quinta onde eram necessários para tratar do gado e da recolha
de leite para uma fábrica. Foi assim que arranjaram o dinheiro para pagar aos
pais do amigo do filho mais velho. Eram pessoas que, apesar de pobres, eram
honrados e não gostavam de ficar a dever nada a ninguém, muito menos àqueles
que os tinham ajudado numa situação de extrema doença. Só regressaram à sua
aldeia, na Bolívia, para entregar a carroça e pagar aos amigos. Acabaram por
emigrar de vez para os Estados Unidos da América, pois naquela aldeia nada era
bom para uma vida de qualidade. Nem a água...
Mariana,
Diana e Maria João – 6º 4
4 comentários:
Parabens estou muito orgulhosa por voçes as três.
Muitos parabéns para as meninas que tem esta imaginação toda .
Para me despedir mando-vos um beijinho.
Beatriz Azevedo 6º4 nº7
gostei muito do vosso texto pois o que vocês contaram é verdade, pois a muitas familias a verem os filhos a morrer e com falta do dinheiro não podem fazer nada mas esta conceguio!
muitos beijinhos da vossa amiga
Ana Beatriz 6º4 nº1
obrigada bia... aposto que também tu tens muita imaginação, usa-a
Mariana 6º4 nº21
Adorei o vosso texto e acho que retrata bem o que costuma acontecer em alguns países.
Também adoro textos com finais felizes e esta tem um final feliz. Gostava muito que houvessem mais famílias como esta na vida real, pois assim o mundo era melhor.
Continuem a escrever textos assim, fazem uma boa equipa. Beijos para todas!
Ana Filipa-6º4
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