segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Água, a quanto obrigas!


Um dia, a família Lopez, que vivia na Bolívia, tinha o seu filho mais novo, o Juanito, doente. Os curandeiros da aldeia diziam que o seu estado era complicado, pois bebera água de um poço que deveria estar contaminada pelos dejetos das casas e esgotos e a febre tifóide fora contraída. Ali não havia possibilidades de o tratar. Era urgente que lhe fosse administrado um tratamento adequado ao tipo de bactéria que tinha causado a doença que poderia levar à morte.
Os pais, o Juanito e o irmão tinham de emigrar! Havia que escolher um país próximo que lhes oferecesse condições de assistência à doença, principalmente para curar o seu Juanito. Foram pedir ajuda aos seus tios, uma vez que era necessário transporte e algum dinheiro. Eles estavam sempre prontos a ajudar.
Logo nessa manhã, a família Lopez foi visitar os tios, bateram à porta e o tio Geronimo veio abrir.
- Olá, o que vos traz por cá? – perguntou o tio.
- O Juanito está muito doente por causa da água poluída da nossa aldeia e pedíamos a vossa ajuda monetária para podermos emigrar.
- E para onde querem emigrar? – quis saber a tia Martina.
- Para a Argentina. É o país mais próximo e que nos oferece mais condições de saúde para o tratamento do Juanito – declarou o senhor Lopez.
- Para a Argentina? – exclamou a tia muito indignada. – Mas para isso é necessário muito dinheiro! Não vos podemos emprestar, pois também nós estamos com dificuldades.
- Que mentira! Como podem estar em dificuldades com tanto luxo que exibem! – ripostou a mãe de Juanito.
Sem mais argumentos, foram-se embora, mas muito desiludidos. Então o Miguel, o irmão mais velho, teve uma ideia: pedir aos pais do seu melhor amigo, o Antonio, uma carroça que tinham, puxada por um cavalo e… algum dinheiro que eles pagariam mais tarde. E tudo se arranjou.
A família partiu em direção à fronteira da Argentina. Foram ainda dois dias de viagem, com o Juanito a queimar em febre, mas a quem a mãe dava um medicamento de ervas que durante algumas horas fazia efeito, mas nada resolvia. Foi mesmo para fazer tempo de chegarem à fronteira e poder ser assistido pelos enfermeiros e médicos de um pequeno centro de saúde que aí existia.
Conseguiram chegar a tempo de tratarem o Juanito, pois aquela maldita bactéria tinha de morrer com medicação própria para o efeito. Os pais e o irmão estavam exaustos, mas, finalmente, o Juanito estava entregue aos cuidados de quem sabia tratá-lo.
Recuperou, apesar do internamento de vários dias, que serviram para os pais e o irmão trabalharem numa quinta onde eram necessários para tratar do gado e da recolha de leite para uma fábrica. Foi assim que arranjaram o dinheiro para pagar aos pais do amigo do filho mais velho. Eram pessoas que, apesar de pobres, eram honrados e não gostavam de ficar a dever nada a ninguém, muito menos àqueles que os tinham ajudado numa situação de extrema doença. Só regressaram à sua aldeia, na Bolívia, para entregar a carroça e pagar aos amigos. Acabaram por emigrar de vez para os Estados Unidos da América, pois naquela aldeia nada era bom para uma vida de qualidade. Nem a água...

Mariana, Diana e Maria João – 6º 4

4 comentários:

Anónimo disse...

Parabens estou muito orgulhosa por voçes as três.

Muitos parabéns para as meninas que tem esta imaginação toda .
Para me despedir mando-vos um beijinho.
Beatriz Azevedo 6º4 nº7

Anónimo disse...

gostei muito do vosso texto pois o que vocês contaram é verdade, pois a muitas familias a verem os filhos a morrer e com falta do dinheiro não podem fazer nada mas esta conceguio!
muitos beijinhos da vossa amiga
Ana Beatriz 6º4 nº1

Anónimo disse...

obrigada bia... aposto que também tu tens muita imaginação, usa-a
Mariana 6º4 nº21

Anónimo disse...

Adorei o vosso texto e acho que retrata bem o que costuma acontecer em alguns países.
Também adoro textos com finais felizes e esta tem um final feliz. Gostava muito que houvessem mais famílias como esta na vida real, pois assim o mundo era melhor.
Continuem a escrever textos assim, fazem uma boa equipa. Beijos para todas!

Ana Filipa-6º4